sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Dia do professor

Só pra saber, será que eu tenho cara de ser glutão?

No último dia 15 meus alunos me presentearam com 4 lindas maçãs, a Téia me deu um pão de mel maravilhoso e do Instituto ganhei um sonho de valsa.

A Luaninha me deu uma Ferrari de plástico.

E tudo o que eu queria era um passeio de saveiro com umas iscas de peixe e camarões no alho, cerveja gelada, sol não muito forte e boa musica.

terça-feira, 13 de outubro de 2009

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Sobre a importância do Miojo ou algo mais

Senhor Miyagi, antes de fugir de Okinawa e ensinar ao Daniel-san as artes do Fumanchu, desenvolveu uma insuperável iguaria oriental.

Durante a adolescência, senhor Miyagi costumava estudar as propriedades alimentares dos materiais radioativos, bem coisa de japonês. Num de seus experimentos, senhor Miyagi descobriu as propriedades bélicas da radioatividade e destruiu a cidade de Hiroshimanagasaki, onde a Hyundai produz seus motores de popa e seus palitinhos de comer sushi. Por meio da radioatividade, ele abriu uma brecha no espaço-tempo por onde entraram os maias, os hunos, Martin McFly, o Mario (que Mario?), o Chico Anisio e um velho monge tibetano com uma vasilinha e um pacotico prateado cantando uma musiquinha.

E após aprontar muita confusão o senhor Myagi foi para a América, ensinou o Fumanchu pro Daniel, pescou o monstro do Lago Ness, peregrinou pelo caminho de Santiago com o Marcão e mostrou ao mundo o que o velho tibetano trouxe na tigelinha.

Nessa tigelinha havia um produto derivado do trigo, uma massa disforme e pré-frita que em contato com a água e juntando o pó mágico do pacotico prateado se transformou na mais completa refeição dos solteiros (o que não é o meu caso, pois a Branca ainda me atura e me chama de marido algumas vezes) e dos casados que ficam sozinhos em casa trabalhando na frente da TV (o que é meu caso também).

Pausa para a didática da tigelinha:

Os instrumentos tibetanos tradicionais utilizados são feitos artesanalmente com uma liga de sete metais: ouro, prata, mercúrio, cobre, ferro, estanho e chumbo. As tigelas tibetanas são instrumentos de cura, relaxamento e meditação, ajudando-nos a estabelecer uma vibração saudável em todo nosso organismo, tanto física, como emocional, mental e espiritualmente.

São um maravilhoso meio para o equilíbrio dos chakras e mudança de consciência – de um estado alterado de ansiedade e stress, para um outro estado de paz, relaxamento e serenidade – levando a estados de cura espontânea e estados místicos, elevando nossa freqüência vibracional.

(Cada uma, viu?)

Dentro da tigelinha o tibetano trazia mirra, incenso e ouro. Não! Caio, seu burro! Quem trouxe isso foram os três porquinhos quando foram visitar o bebê da chapeuzinho com o lobo que havia acabado de nascer!

Na tigelinha havia A iguaria oriental, havia A refeição rápida, A salvação dos solteiros, A restauração das energias dos casados que trabalham na frente da TV enquanto a mulher sai. Hosana o LAMEN!

E ao atravessar o golfo do México e chegar no sul maravilha em 1965, o senhor Momofuku Ando Ramen Miyagi trouxe na bagagem as sementinhas para o inicio da plantação. O povo brasileiro, serelepe que só ele, logo apelidou o mister Miyagi de Miojo por causa de seu cabelo. Senhor Miyagi não conseguiu registrar o nome Ramen aqui, pois, na época, o ufanismo millitar proibia produtos com nome com a mesma sonoridade de nomes de traidores da pátria. Carmen Miranda. Carmen-> Ramen, pescô?

Daí que mister Miyagi resolveu que colocaria seu próprio apelido na iguaria plantada no Brasil, e assim nasceu o Miojo-nosso-de-cada-dia.

Tudo isso pra comentar que esses dias eu experimentei o melhor sabor em saquinho que algum ser humano (é dificil ser humano?) jamais produziu.

O Miojo Maggi sabor costela!

Não faça cara de nojinho, pois o bagulho é bão e supera com largas braçadas o antes insuperável sabor bacon com uma colherada de requeijão!

Eu gosto de novos sabores artificiais. Me encantei com o caldo Maggi sabor coentro, amo pasta de dente sabor canela, prefiro fanta uva a suco de uva. Uma vez trouxe na mala uma caixa de Dr. Pepper.

Experimente!

Serviço:

O site da Maggi não funciona. Fica uma foto daquele narigudo do Edu Guedes.

Site Miojo

Ah! O senhor Momofuku Ando (aka Senhor Miyagi) nos deixou em 5 de janeiro de 2007, feliz da vida aos 287 anos. Plantou rabanetes radioativos em Osaka até a tarde do dia 4.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Ok AK.

Dia 15 de setembro foi o dia da independência do Mexico. Dia do Grito de Independiencia. Noite de festa na Casa dos Cariris. Noite de comemorar aniversário de namoro.

Fomos, eu e Branca, aproveitar o convite de Lourdes, a guisandera atrevida, para um jantar regado a bebidas de agave, chiles, cores, musica e gritos.

Jantar na Casa dos Cariris é sempre rico por conta dos sabores, dos cheiros, das conversas com novos amigos, das coincidências.

Sem contar que lá é casa de fumantes =)

A algum tempo eu havia prometido um post sobre os chiles que conheci lá, mas depois de tentar escrever algumas linhas cheguei a conclusão que tudo que eu tentasse escrever só chegaria próximo a uma descrição tosca da pirotecnia dos sabores apresentados por Lourdes. Daí que escrevi o último post preguiçoso.

Na aula que participei conheci, entre outras pessoas, Andrea Kaufmann chef do AK Delicatessen. E dessa vez ela me intimou por posts e eu não podia deixar em branco a festa, a casa, a Branca e o pedido da Andrea.

Confesso que sempre tive vontade de conhecer a cozinha dela, mas a danada da preguiça me fazia esquecer que o AK Delicatessen fica do lado de casa.

Uma vez jantei num pessach na casa de um amigo. A mãe dele além de ser uma grande cozinheira conseguiu enfiar muita coisa de matemática na minha cabeça oca. As lembranças que tenho deste jantar e de toda aquela época são maravilhosas, e os sabores ainda estão grudados entre minha boca, meu nariz e minhas lembranças.

Enfim, cozinha judaica era com a Ariela e de uns tempos pra cá eu ouço falar de uma tal de Andrea K e isso me despertou lembranças, que me despertaram vontade de conhecer essa delicatessen e me deixou com preguiça e que eu nunca fui conhecer. E me deixou mais curioso por que imagino que uma cozinha que marcha "Carninha" quando o pedido é um bourgignon só pode valer a pena.

Até que as coincidências da casa dos cariris nos colocarem na mesma sala para as devidas pirotecnias de Lourdes. E daí eu descobri na noite passada que ela é casada com um cara que é sócio de uma produtora onde minha irmãzinha trabalhou um bom tempo. Coincidências...

De qualquer forma eu sei que não consigo descrever as sensações que sinto na casa dos cariris. Sei também que ainda não posso falar mal da cozinha da Andrea. Por que não experimentei ainda, por que ela é uma fofa e por que o marido dela pode arranjar uns trampos pra mim no futuro.

Então d. Andrea, aí está meio post pedido. Entrego o post inteiro depois que eu for visitar sua casa.

Serviço:

AK Delicatessen

Casa dos Cariris

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Preguiça ou 5 posts em 1

Sim, eu tenho preguiça e não tenho vergonha de reconhecer.

Portanto nada de posts sobre chiles, até porque eu cheguei a conclusão que nada do que eu escrevesse chegaria perto das sensações daquela tarde. E a Lourdes é atrevida e eu não passo o imeiu dela pra ninguem.

Nada de falar mal do filé a osvaldo aranha do pirajá e suas batatas palha murchas.

Nada de falar da nossa infame volta ao Volt e seu modernissímo filé com catchup e falta de sabor (sem contar a maldita mania de oferecer comidas crocantes sem crocância). Apesar que a Branca comeu uma coisa que eu não lembro agora e que tava bom.

Nada de suspirar pelas burekas de batata da casa bulgara. Minha intenção era chamar de buraco da bulgara, mas a Branca disse que isso seria mal educado. Mas que o sabor dessas burekas é foda, é. E quem for não conte pra Branca que a bureka de gorgonzola vem salpicada com gergelim senão da próxima vez ela não me deixa comer...

Nada de falar da boa relação custo benefício da casa Mussashi que serve pratos da cozinha nippo brasileira fartíssimos com precinho camarada e que só valem a pena se você estiver com muita fome e com pouco dinheiro.

Ah! Não peça o harumaki. Se pedir, nunca, eu disse NUNCA, diga que eu sugeri isso. Queimará o seu filme e o meu.

Nada de dar cambalhotas de satisfação atras de um encantador prato de cabrito com arroz de brocolis e coradas do Nova Capela. Cambalhotas severas quando esse prato vem acompanhado dos Cachaça, de madrugada, depois de 100 litros de chopp Brahma, depois da pernoca da sogra do Cachaça, depois de feijuca do Shortinho, depois da algazarra no tanque da cobertura e antes da noite mais mal dormida da minha vida. E pros incautos eu adianto que eu troquei uma tentadora tarde no Braca por um saboroso macarrãozinho com lagarto na casa da sogra.

E se eu esqueci de algo me açoitem!

Serviço:
Pirajá - Av. Brigadeiro Faria Lima, 64

Bar Volt - Ver algum post passado

Casa Bulgara -
Rua Silva Pinto nº356

Mussashi - Rua dos estudantes, 28

Nova Capela - Rua Mem de Sá, 96 - Lapa - Rio de Janeiro RJ - Brasil

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Em breve

To devendo uma porção de posts aqui.

A volta ao Volt, uma ida ao Piraja, e mais algumas coisinhas que não me lembro e que não devem ser lá muito interessantes e/ou importante.

Mas o próximo post será sobre chiles. Aguarde!

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Novos sentidos

É sempre bom quando descobrirmos novas definições pra velhos objetos.

Antes de tudo eu gostaria de agradecer o conde Chico Sanduiche que, pra não lambuzar as cartas, mandou algum dos seus lacáios meter um teco de pastrame entre duas fatias de pão, passou bastante mostarda das fortes e continuou sua partidinha eterna de strip-poker, que era eterna por que no frio dos castelos ingleses, eles tinham que usar muita roupa e não dava pra largar as cartas. Daí que ele inventou o sanduiche e minha vida ficou muito mais feliz e prática.

Depois disso os tártaros mongóis da China acharam sei lá como que a carne ficaria boa se colocada em baixo da sela de seus cavalos quando eles resolveram invadir a alemanha. Daí que eles desmontaram de suas montarias montadas e essa carne caiu da sela (ou sela nunca sei se é com C ou com S) da montaria.

Isso foi na região de hamburgo perto de nova friburgo ao lado de petrólpolis. NÃO! Foi na região de hamburgo, mas mais perto de berlim do que de bangu, mas isso não importa. O que importa é que o cara pegou essa carne achou que valeria a pena vende-las aos americanos e imigrou pra AMERICA.

Seu nome era Hans Harald Schultzplat, mas pra facilitar vou chama-lo de Hans.

Hans, chegando em nóviorque se viu em frente a um dilema. Que fazer com aquele monte de carne moída pelos mongóis? Salsichas? Nããããooo. Isso já era produzido pela colônia sino-americana com os cachorros tão queridos. Bolonhesa? Nããããooo. Al Capone já produzia isso (na verdade era a Mama Camorra que fazia, mas isso é tema pra outro post).

Hans então viu a nova forma de preparo da carne que os americanos desenvolviam em seus quintais, o grelhado. E percebeu nisso um modo prático de desovar aqueles montes de carne moída caída dos cavalos tártaros da mongólia. Era rápido.

Mais rápido ainda se ele servisse como seu tio Schultzplat, o conde de Sanduiche (tá, Sandwich), costumava servir seu pastrame. Tio Chico era ingles e gostava mesmo de Fish'n'Chips e criquet, seja lá o que quer que seja esse jogo.

Surgiu assim o "sanduíche do hamburguês" que em ingles americano ficou hamburger e ficou bom.

Daí que nas costas dos cavalos dos colonizadores americanos que invadiram o sul maravilha acabou chegando nesse Brazilsão de meu deus.

Hamburguer é foda! Menos quando é besta.

E o hamburguer do A Chapa é besta.

Começa a besteria quando eles dizem no cardápio que "feito na chapa não é frito". Tá, é chapado, dãããã...

A definição de frito e chapeado é diferente, mas o resultado é o mesmo, e, na boa, o resultado é o mesmo e o sabor é o mesmo também. E vai me dizer que naquela chapa eles não colocam gordura. Sinto muito, mas se eles vem com mimimi que chapado não é frito, isso me cheira a tentar enganar quem acha que um teco de carne embrulhado em acelga, ACELGA! é mais saudável. Pra mim nada é saudável quando se engana. Saudável pra mim é sinonimo de gostoso, e pronto.

E quem fala que chapado não é fritura tá chapado, pescô? Ãhn, ãhn?

Bom, fomos comer no A Chapa. A Branca queria Banana Split e na Lanchonete da cidade não serve. Bóra n'A Chapa então. Nunca fui, que que custa? Algo me dizia que eu não ia gostar...

Ambiente claro, limpinho. Boa fachada, bela direção de arte no vasto cardápio, mas e a bóia?

A Branca pediu um cactchorro quente com molho tártaro (não o mesmo do começo) e me pareceu bom, mas as chips vieram podres, murchas, industrialisadas, pálidas e longe do que se espera de um bom acompanhamento prum catchorro. Meu! Apareceu na TV agora uma moça que tem um boneco do Fofão na cama, que nojo!

Eu fui no mais difícil, o X-Bacon-Egg! Sério, o X-Bacon-Egg é o mais difícil por que abrange várias etapas complicadas: a carne, o pão, o ovo saboroso, e o bacon crocante devem sair ao mesmo tempo da chapa. Cada um com seu ponto correto pra montagem ficar perfeita.

O pão do pico é uma bosta. Grande, quebradiço, sem personalidade,

A carne é insossa e solta.

Queijo okei.

O ovo sem sabor de ovo e com a gema esturricada acumulada num canto.

O bacon grosso e meio molenga, acumulado no meio do bicho.

Bacon tem que ser crocante, seco e quentinho. Minha receita:

-Fatias de bacon, de preferência Sadia.
-Papel toalha, muito.
-Forno micro ondas.

Coloque num prato duas ou tres fohas de papel toalha, as fatias de bacon e mais duas ou tres folhas.
Programe o danado para 3 a 4 minutos de pontência alta.
Have fun... (Cuidado que vai estar quentaralhaço)

O ovo é sem receita, mas por favor, uma boa distribuição da gema e um bom ovo caipira, um tantinho de manteiga aviação ou um azeitinho virgem não encarecem o preparo e os nossos oito ou nove sentidos agradecem.

O pão se vira, mas tem boas padarias com bons pães, até o pão da Wickbold é bom, mas por favor sem gergelinho que se eu como essa delícia, eu morro.

Agora a carne. Ah, a carne!

A carne deve ser compacta, com espaço pros sucos circularem. A carne deve ter alguma gordura pra dar liga e quase nenhum tempero. Sal, só se a carne for preparada na hora.

Mas n'A Chapa eles não dão NENHUMA ATENÇÃO à carne. Não chegam nem perto da atenção que os mongóis ou que o Hans deu à ela.

Minha humilde receita de carne de hamburguer (com técnicas).

- 500g de fraldinha moída (te vira)
- 50g de bacon moído junto - nenhum, repito, nenhum, açougue que respeite as estúpidas e restritivas leis sanitárias fará isso procê. Portanto bata no processador.
- Cebola média picadinha, mas em quadradinhos minimos (te vira)
- Alho picado igual. A quantidade depende do teu gosto. Se for fresquinho não coloque nada e sofra...
- Se for grelhar ou assar na hora, pitadas de sal. Melhor não, coloque o sal só na hora de assar/grelhar/ chapar/ comer. O sal zoa a carne e fica estranho.

Coloque tudo numa bacia e misture muito bem.

Dê um relax, tome uma breja e deixe a mistura da carne descansar um pouco.

Descansou? Parta o monte em 4 pedaços se você for um glutão 5 estrelas, em 5 se você for um glutão 4 estrelas, em 6 se for um glutão 3 estrelas e em 7 se sua mulher reclamar que está muito grande e que ela está de regime (nesse momento você abre outra latinha), e que não é uma neanderthal para comer esse monte de carne (dessas 7 vc separa duas ou tres pra ela e as outras vc junta e faz duas procê). Parta em 8 partes se vai fazer aperitivo.

O lance de fazer hamburgers chamamos de enrolar e é legal e dá A consistência pra massa de carne. Você vai enrolar a carne como fazia com massinha de modelar na infância, mas vai fazer isso algumas vezes. Daí vai jogar a carne enrolada de uma mão para a outra pra tirar o ar de dentro, tipo dar umas palmadas (cada um acha um jeito, mas o importante é deixar a carne compacta, pero no mucho).

Fogo alto.

Abra a bolinha só na hora de ir para a grelha/ forno/ frigidedeira.

Toste bem um um lado, vire e toste do outro. Você vai perceber pelos sucos quando está bão...

Dê um tostada no pão.

O queijo pode ir pelos queijos embalados individualmente, passando pelas fatias de mussarela chegando no ementhal e no estepe ralado. Creme de gorgonzola fica bão.

Montagem:

Pão em duas fatias no meio do prItálicoato. Alface e tomate sobre o pão topo, carne e queijo sobre o pão base. Qualquer outro recheio quente vai sobre a carne. Nunca sobre os vegetais frios, eu disse NUNCA! Isso acaba com a crocância das plantinhas.

Junte as duas partes e coma com as mãos! Garfo e faca é pra maricas. Guaradanapo só em último caso.

Viu como é fácil?

Bom, pra finalizar o hamburguer do A Chapa ganha 2 "ambugui, arfasse, queji i moi especiá. Cebola-pique num pã cu geigelinho" de 8 possíveis.

Ah! E a Branca comeu a Banana soft ao invés da Split e disse que é bom.

Vá: A Chapa

Rua dr. Melo Alves, 238. Na frente do bom Obá!

E o Hans acabou se dando bem. Pintou a cara de branco, o nariz de vermelho. Misturou a carne dos mongóis e abriu a rede do chafariz amarelo. Lá ele engana jovens e crianças com suas iguarias.

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Flulerô o esquema

Fui no Bar Tubaína. Bar com uma proposta bacana que teria tudo pra ir pra frente.

Caralho! Futuro do pretérito!

Pois é, teria! Explico por que teria. Mas explico do começo que é por onde tudo deve começar.

Bar bacana, bem decorado, som rolando, garçons se afinando, tudo nos conformes como deveria ser num bar com uma semana de vida longa e prospera.

Li sobre a cozinha e ja cheguei empolgadão, principalmente com a idéia da chef piracicabana servir pamonhas de piracicaba misturadas com ceviche (no cardápio tá escrito cebiche e eu não sei qual é o certo) macarrão a bolonhesa, sanduiche de pernil, tudo no mesmo cardápio.

Isso faz parte da invasão da neo cozinha peruana ou pachamama food. Que começou com a invasão de quinua que apareceu nos cardápios light como uma descoberta dos sábios nutricionistas brasileiros. Quem me conhece sabe minha opinião sobre nutrição. Quem não me conhece saiba que tenho documentos irrefutáveis e confidenciais originados da CIA e do FBI que provam que a nutricionismo é uma invenção do exército americano criada para que eles pudessem controlar a cabeça e a barriga dos civis com a comida que sobrava dos testes nucleares feitos nos desertos perto de roswell. A base dessa teoria é mesma do virus da aids e da ida do homem à lua.

Voltando a pachamama food (pronuncie pachamama food), a invasão começou com os incas, depois vieram os espanhóis, os judeus, os coreanos e agora os bolivianos. Ei! Isso é no bom retiro!

Ah é! Então a invasão de restaurantes peruanos é legal, pena que ainda estão servindo só o ceviche. Legal será quando eles servirem carne de lhama com chicha roja e cinco ou seis tipos de batatas que eles tem por lá e com molhos diferentes com ají...

E de volta ao Tubaína. A proposta do bar é bacana, colorida e xuxu-beleza. Tem até um sommelier de tubaína (que vou chamar de tubbalier), seja lá o que um tubbalier faça. Os drinks me pareceram prósperos, mas a Branca e a madrinha disseram que não era tão bom assim. Eu fiquei na cerveja que nasce em árvores de barris e é menos dificil de errar. Elas tomaram uma tubaína, mas como não tinha inka cola eu passei esse pedaço do cardápio.

Pelo chopp o bar leva 3 bolachas de 8 possíveis.

A proposta de comida é boa.

Da série "tem, mas acabou" o menu apresenta o clássico da sessão da tarde "Mandiopã". Que "tem, mas acabou". Ele foi apresentado com todas as honras e pompas às meninas quando chegaram, mas pra mim a garçonete "simpatia-quase-amor" disse que "tem, mas acabou". Só não entendo como, mas... acabou

Comi um teco da pamonha frita. Boa.

Na sequencia o bolinho de frango com farinha de milho. Bolinho estilo croquete. Bom, aliás, comível, faltando um temperinho, mas no caminho certo. Parecendo um pastel de angu, porém menos...

A diversão ficou por conta da apresentação. O garçon trouxe uma daquelas caixas plasticas de colocar sal que nossas avós mantém perto do fogão juntando umidade. Achei que era sal, mas ao abrir a tampa notei o crime contra a crocância. Dentro dessa caixa de plastico azul e simpatica agonizavam 8 bolinhos abafando. Trancados lá dentro eles iam perdendo a vida, que já era pouca, até perderem toda a crocância e se tornarem a famosa "bosta". Será que é opcional isso de servir coisas sem crocância nos bares novos da haddock?

Pedimos tambem o queijo de coalho empanado com coco e mel de engenho que foi a melhor pedida da noite. Equilibrado com todos os sabores presentes, achei legal, e olha que eu não gosto de coco.

Preciso voltar e experimentar os pratos. Mas pelo que experimentamos até aqui eles merecem ganham 2 lhamas de 5 possíveis.

Vá:
Rua haddock lobo, 74

Ah! O título do post seria "cagô", mas aí eu tava explicando pras meninas o que quer dizer o nome da banda da Paula Preta, o esquema do "fulerô o esquema" e elas acharam menos agressivo do que "cagô".

Mas por que "cagô"?

Calma amiguinhos, eu explico pra vocês.

Alguem aí conhece aqueles esqueminhas noventistas tipo banquinho e violão? (esqueminhas noventistas são aquelas merdas sem identidade que rolavam na longincua década de 90 do século passado)

Não?

Funtz! Nem eu, nem a Branca, e nem a madrinha que tem um gosto musical mórbido.

Pois é, mas não é que no meio de boa musica rolando nas caixinhas do bar alguém tem a infeliz idéia de colocar uma moça, que canta e toca bastante bem, pra estragar a noite tubaínica (ou seria tubabesca?)!

Pagamos e fomos, por que fulerar o esquema é foda.

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Calda de raposa

Sempre achei essa coisa de barista babaca. Acho que porque eu não gosto muito de café.

Mas hoje eu experimentei um café moído na hora oferecido pelo Rods que mudou meu conceito.

Gosto quando eu mudo meus conceitos. Da ultima vez foi com peixe.

Achava peixe besta. Gosto de preparar minha comida com bastante fogo e por bastante tempo. E peixe com muito fogo e muito tempo não presta. Daí que eu comi um preparado pelo dr. Gilson e curti. Daí comi o da sogra e curti tambem. Daí troquei o longevo "não gosto de peixe, porra!" pelo novato "não gosto de peixe de rio, porra!".

E bacalhau é uma merda sempre. Porque é um peixe que precisa de bastante fogo e de bastante tempo. E peixe com bastante fogo e com bastante tempo não presta. E bolinho de bacalhau é bolinho e é frito e é bom e não é peixe, é piriri.

Não sabe o que é piriri? Deixa que eu explico: piriris é tudo que acompanha uma cervejada num botequim. Tremoço quando comido com cerveja, a tarde, batendo papo com pessoas finas e charmosas é piriri. Salame fatiadinho fino, com limão, quando comido com cerveja, a tarde, batendo papo com pessoas finas e charmosas é piriri. Amendoim salgado e torradinho, quentinho quando comido com cerveja, a noite, no bar do Luizão, batendo papo com pessoas finas e charmosas é piriri. Tiras de frango empanado com corn flakes, frito, quando comido com cerveja, é piriri. Cabrito a passarinho, com bastante alho e alecrim, comido com as mãos e com cerveja é piriri. Piruá frito na beira da praia, a tarde, com farofa, tomando cerveja é piriri. Pescou o que é piriri?

Ah! sushi e sashimi pra mim não são peixes, são fast-food. Mas isso é papo pra outro post.

Voltando ao café...

Daí que tomei o café moido na hora que o Rods ofereceu e senti que este café moido na hora é daqueles com sabor que o café deve ter e sem aquele retro gosto amargo. Um café amarrado, bem tostado, mas muito rico. Não é daqueles cheio de cevada que compram no super mercado e só serve pra disfarçar o cheiro dos tóxicos que vão pra europa nas malas das mulas (tente falar isso rápido depois de comer paçocas).

O café que tomei merece 3 grãos dourados de 7 possíveis

Dá até vontade de fazer um cursinho style, manja?

E o site é fino, com uma direção de arte com lembranças do café.

Vou experimentar mais.

Vá:
Raposeiras

Zzzzzit!

Bar Volt é bom.

A comida é meio fresca, cheia daquelas releituras cafonas e mimimis. P.E.: Filé com fritas vira "steak de filé com calda de frutas vermelhas e batatas rusticas". FAIZFAVÔ!!!!

Pedimos as porpetas e estava uma bosta! E cara pra caralh. Pense em bolas secas de nada-dura, recheada com queijo nota 2, empanada de qualquer jeito, fritinha e deixada de lado na bancada pra descansar até ficar murcha. Imaginou?

Agora abra uma lata de pomarola e depeje num pote. Aí jogue uns esguichos de molho de pimenta cica e chame de molho de tomate apimentado.

Aí coloque 5 daquelas bolas (que você vai chamar de "porpetas" no cardápio) num prato xante. Do lado coloque um potico com duas colheradas daquele tal molho de tomate apimentado. Deixe esfriar na boqueta mais um pouquinho. Sirva, cobre 25 mangos e sorria do cliente. A partir de hoje vou chamar isso educadamente de bosta.

A Jennifer pediu as trouxinhas de queijo de cabra e estavam honestas. Porém com a mesma atenção à crocância dispensada às bostas.

Antes haviamos pedido um troço conhecido como "tem, mas acabou" recheado de cream cheese e damasco e mimimi culinário, que devia ser bom, mas acabou.

Como todo o prato "tem, mas acabou" este tambem estava no cardápio, mas não estava na cozinha. E com o agravante do garçon primeiro não saber se tem. Segundo ele procurar saber se tem, mas descobrir que acabou e aí te esquecer com fome na mesa. Dou um alivio porque a casa tava começando a lotar, e casa lotada com esqueminha "muderno" voce já sabe o que acontece. não?

Se não sabe eu explico: primeiro tem o porteiro que vai pedir seu nome e seu telefone e não vai ligar no dia seguinte. Segundo tem a musica chata e altissima, geralmente algum eletro com influencias africanas ou do leste europeu. Depois você será esquecido pelo garçon que parece garçonete ou será esquecido pela garçonete que parece garçon e terá que ir até o balcão conseguir um goró. No balcão você será bem atendido porque barmans de bares mudernos contam com a experiencia etilica e não fazem com os outros o que não gostariam que fizessem com eles, no caso ser esquecido e com sede.

Comida nota 2 bzzz de 7 possíveis

Os caras do bar mandam bem bagaraleo. Chegamos e pedimos um Cosmopolitan.

Os cosmopolitans, como todo mundo deveria saber, é composto de vodca, cointreau, suco de cranberry, sumo de llimão, gelo e balanço. E pra quem não sabe a diferença entre sumo e suco de limão eu explico porque sou gente fina, elegante e sincera. Suco de limão: pegue o danado e esprema. Sumo de limão: pegue o danado e esprema. Viu como é?

Ah! O sumo não tem bagaço, é liso e no drink não ficam aqueles negócios no fundo do copo parecendo asa de siriri (aqueles cupins-ninfomaniacos-alados-nojentos).

Um dos melhores ja tomamos, mas ainda atras do Spot.

Na sequencia a Branca pediu um Chalala que eu não faço idéia do que tem alem do sal e do maracujá. Ela não gostou, mas eu não achei ruim. Ela tomou toda a minha cerveja e eu tomei o Chalala.

Pra finalizar tomamos um Blood Mary e este subiu ao primeiro posto entre os Blood Marys, superando o meu e o do Spot. Quase tive uma epifânia.

Cervejas geladas com preço honesto

Bar nota 6 bzzz de 4 possiveis.

Conclusão, vá pra beber e deixe pra comer no Z Carniceria. Aliás não entendo como duas casas do mesmo grupo tem cozinhas tão diferentes. Depois eu escrevo sobre a cozinha do Z.

Vá: Rua haddock lobo, 40 - perto das prima!

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

A lateral do boi

Chiado da costela! Bom, mas ja foi melhor.

Da primeira vez que fomos as guarnições eram a vontade, fartas e variadas. Dessa vez só o roizfejãorucla estavam incluidos no preço. Mas eu espetei a mão do maitre com um garfo e ele liberou uma batata ao murro (boa com azeite).

A costela impecavel, desmanchando na boca. Ela é preparada na forma "old-school" - espeto, celofane, sal, calorzinho e paciencia.

Os garçons mal esperam o bocado que está no seu prato acabar para colocar mais uma dose. Se voce deixar sai de lá rolando.

Não experimentei o fejão, mas o arroz tava carregado no alho, saboroso, soltinho, cheroso. Bem bom.

A batata vem com uma crosta de sal grosso que podia ser menos grosso. Quando partimos a danada foi sal pra todo o lado, que é indispensável pro bem estar da batata - na verdade , o bem estar do meu estomago e da minha alma. Enfim, com sal grosso, mas não tão grosso a crosta iria pro prato e não pra toalha.

Salada de rucla é salada de rucla, mas tava limpa e quetais.

Bebidas: Eu sempre odiei os acordos comerciais dos restaurantes com as fabricantes de bebidas. Quando eu era mais mal humorado eu nem ia onde eu sou besse que seria obrigado a beber bosta. No Chiado fomos obrigados a mandar pra baixo aquelas merdas uruguaias, chopp primus... Só faltava sermos obrigados a beber bohemia, pepsi e guarana kuat. É pra economizar grana pra amendoins, pois aposto que o desconto proposto não deve ser tão alto se comparado com a satisfação do cliente. Pelo menos não tem aquelas bebidas cancerigenas que vem em garrafas verde.

Pudim. Eu não comi, mas a Branca comeu e pareceu bom.

Avaliação: 4 costelas em 6 possiveis

Vá:
Rua Roque Petrella, 325
Tel: 5533-4309

Sinceramente...

Era pra ter mais entradas nesse trem, mas eu tenho preguiça. E má vontade. E tambem acho que algumas pessoas não merecem saber o que eu penso - viu, Julião?!

Mas vou postar impressões do que comemos nos ultimos dias pois foi pra isso que criei isso aqui.

sábado, 30 de agosto de 2008

Hong He

Isso tava guardado faz um tempão. Só vi agora e resolvi postar. Leia...

Sempre quis ir, mas quando tentei, não rolou.

Agora deu!

Fui com um amigo se despedindo do sul.

Bão, A história é a seguinte: O pico serve macarrão. Ah! Legal, mas e aí?

Aí que o macarrão é aberto na hora, pelo figura que fica girando o baguio até termos fios longos e saborosissimos. Sim o macarrão é foda! Pedimos o picante com frutos do mar, sem camarão que a bichinha é alergica.

Molho alucinante, textura incrivel! Pedimos tambem um pastel "sei lá o que" completamente desnecessario pois o macarrão enche facil dois glutões.

A diversão começa na hora de servir. Como a amssa é feita com um fio só a gente se diverte com a tesoura cortando e servindo a bagaça.

Em algumas garfadas o coentro tava presente demais, mas o ambiente, o sabor, a "Arte do macarrão" fizeram o almoço inesquecivel... As risadas e a sujeira que fiz na mesa fecharam com chave de ouro.

Ante de chegar no Rong He passamos na "Adega do Sake" do Ale. Lugar de muita informação, fantastico!

Compramos uma garrafinha barat pra encher o caneco amanhã e cantar a raso de hiroshima na despedida do Maecel, que vai ser feliz bagaraleo em Arraial D'Ajuda!

Mais tarde festa do Mixto Quente na casa da Lapa. Depois conto.

Serviço:
Rong He
rua da Glória, 622A, Vá!

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Ah!

Com o tempo vou pegando as manha dessa bosta, coloco fotinhos, link, oscambau
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Testando a bagaça...

Ja que o Caldeira aderiu, vou aderir tambem. Vou colocar coisas, inclusive experiencias gastronomicas quase diarias.